Acho que eu deveria ter nascido em 1930, 1940, 1800, sei lá.

Hoje estou à vontade de falar de um assunto que sempre me incomoda. Eu uso uma frase que expressa esse bendito assunto: “Acho que eu deveria ter nascido em 1930, 1940, 1800 sei lá”.


Não sou historiador, pesquisador, nem nada, mas os nossos valores atuais me perturbam o tempo todo. Valores machistas (antigos e que nunca mudam), valores modernos e outros que é melhor não falar no momento.

Os valores que me incomodam é que se eu sou fiel a minha esposa, “eu sou otário, vacilão”, se “pego” todas eu sou “O Cara”. Muito engraçado, não aceito e não me conformo com isso. Sinto vergonha quando os colegas e amigos falam que trai a esposa, namorada. Vergonha não por ser “certinho”, mas por vergonha de indignação, revolta. Não entra em minha cabeça ainda a pessoa dizer que acredita em Deus e que comete essa atitude. Se eu traio a minha namorada, esposa, que está ali fisicamente comigo, que eu sinto, toco, cheiro, imagina com Deus que não vejo?!

Quando falo que “Acho que deveria ter nascido em 1930, 1940, 1800 sei lá”. Não quer dizer que nessa época não tinha traições, não existiam homossexuais, nada disso. Sei que existia, mas acredito que não existia essa apelação, incentivo principalmente da mídia, dos artistas que “nós” adminiramos. O incentivo é incrível. Lembro que estava ouvindo uma mulher em uma rádio (Metrópole) aqui de Salvador que falava que o comportamento de uma personagem da novela da Globo era de um homem e que a sociedade estava criticando por ela ser uma mulher, a personagem “pegava” vários homens. Mas como era uma mulher a sociedade estava criticando. Fiquei indignado com isso, o que era pra ser criticado não era o sexo, masculino ou feminino, era pra ser o comportamento, a atitude, quer dizer, a rádio queria me convencer de que eu posso e devo “pegar” todas, sair com todas e não ligar pra ser fiel a minha esposa, de conquistar em todos os momento. E o pior que essa “cultura” vem de berço.

Eu que sou pai de uma menina linda, sempre ouça uma piadinha, “meu filho vai pegar sua filha.” Kkkkk ... Só tenho que dar risada mesmo.